Benomia, nasceu em 20 de setembro de 1970, e, ao nascer, foi diagnosticado que ela havia nascido com Osteogênese imperfeita, mais conhecido como “ossos de vidro”. Mediante essa patologia, Benomia fraturou seus ossos por muitas vezes, tornando-a uma pessoa com deficiência física.
Na
infância, levada e determinada como era, queria ir para a escola como as demais
garotas de sua idade, porém, pelo medo da família, ela não podia ir à escola,
mas, isso não a impedia de estudar. Benomia pedia a sua irmã que a ensinasse a
ler, a escrever e ensinar cálculos matemáticos. Como era inteligente demais,
ela aprendia rápido.
Chegando
em sua adolescência, ela procurou sua liberdade, ou, como muitos pedagogos
dizem: Um libertar! Alguns até dizem que a adolescência é um momento de
rebeldia e enfrentamentos, contudo, no caso dela, era se libertar da
superproteção que a impedia de viver uma “vida normal”.
Já
na adolescência ela começou a buscar sua autonomia, pois, muitas pessoas com
deficiência são condicionadas a serem tidas como dependentes de tudo e de
todos; porém, ela demonstrou sua capacidade a se determinar em ir para a escola
e terminar seus estudos.
Benomia
terminou seu ensino médio em um supletivo, fez um vestibular e entrou na
faculdade, fez a graduação de pedagogia pela Universidade do Estado do Rio
Grande do Norte – UERN, participou de um concurso público para professora e
passou, se tornou professora, e, colocou em seu coração que devia lutar pela
inclusão das pessoas com deficiência.
Ela
fundou o que é conhecido hoje o Fórum de Mulheres com Deficiência de Mossoró e
Região, e, a partir deste grupo, começou a lutar pelo empoderamento da mulher
com deficiência, cuidando da autoestima, bem como da autonomia.
Ela
lutou muito junto com as entidades de pessoas com deficiência pela inclusão das
pessoas com deficiência em Mossoró e no estado do Rio Grande do Norte. Aos dias
12 de fevereiro de 2016 ela parte para o outro mundo, nos deixando uma falta e
uma saudade enorme, mas, sua luta nunca foi em vão, pois, ela formou
discípulos, e, posso dizer que sou um deles, e, que tive a alegria de aprender
com ela.
Ela
lutava por todos, e, não só por uns, é, isso que guardo dela. Assim, neste Dia
Internacional da Mulher, Benomia Maria Rebouças é a mulher exemplo que define
esse dia de memórias de luta e engajamento pelo empoderamento feminino.
Saudades Benomia!
Fiz uma pequena poesia para memorar nossa eterna e
saudosa Benomia Maria Rebouças:
De fato, Benomia Maria Rebouças era uma mulher
guerreira!
FONTE – BLOG
BRUNO BARRETO
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